Ano XVI | 2023
Semana Luterana
Gratidão e relevância
“Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição.”
Salmo 46.1
Ano XVI | 2023
Semana Luterana
Gratidão e relevância
“Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição.”
Salmo 46.1
21 a 31 de outubro de 2023
Cartaz - Ano XVI
Sobre a arte do Cartaz
O cartaz da Semana Luterana para o ano XVI apresenta a sequência da formação das Unidades de Ensino do Centro, como segue: a Unidade Higienópolis, em 03 de agosto de 1931; desde 2003, parceria com a então Escola Sinodal de Ensino Fundamental Alzira Deecken (fundada em 1986), hoje denominada Colégio Sinodal Tramandaí; a Unidade Capão da Canoa, em 2005; a Unidade Zona Sul, em 2007; a Unidade Zona Norte, em 2008; Unidade Alvorada, em 2009; e a Unidade Taquari, em 2009.
Celebrar com gratidão e dar relevância à história da origem das nossas escolas e comunidades são os objetivos do jubileu.
Idealização
P. Valdemar Schultz
Coordenador da Pastoral Escolar
Arte
Joana Pedroso Menegon
Comunicação
Sobre a Semana Luterana
Em 2008, iniciou-se a discussão sobre a percepção dos princípios luteranos na Escola. Constatou-se que a comunidade escolar tinha pouco conhecimento sobre os princípios que norteavam e fundamentavam o Projeto Pedagógico do C.E.M. Pastor Dohms. A Semana Luterana foi criada com o objetivo de promover uma reflexão com a comunidade escolar sobre os princípios, os marcos históricos e as fundamentações bíblicas da confessionalidade luterana, para divulgar, no conjunto de sua programação, uma visão luterana de educação.
Cartazes das Semanas Luteranas anteriores
Introdução ao tema - Ano XVI
P. Valdemar Schultz
Coordenador da Pastoral Escolar
O objetivo do tema do biênio 2023-2024 é a celebração dos 200 anos da presença luterana no Brasil. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) celebra com gratidão o surgimento de suas primeiras comunidades, em Nova Friburgo (RJ) e em São Leopoldo (RS), no ano de 1824. Inicialmente, as primeiras comunidades se formaram nas atuais regiões Sudeste e o Sul do país com imigrantes protestantes de confessionalidade luterana e de origem reformada, sendo a maioria falante da língua alemã e de seus diferentes dialetos, mas também de outras procedências da Europa. O jubileu dos 200 anos considera a imigração alemã que manteve continuidade e representou um grande impacto no cenário da população do país, porque há notícias de presença alemã de famílias e grupos isolados desde o século 16.
Muitos foram os desafios enfrentados pelos imigrantes europeus na nova terra. Entre eles, estava a escolarização de seus filhos. Diante da inexistência de escolas públicas, as famílias de uma determinada localidade se uniam para criar escolas comunitárias. Desde a sua origem, as primeiras comunidades protestantes aliaram a formação da comunidade com a criação de escolas. O espaço da sala de aula passou a ser usado também para as celebrações da comunidade, uma vez que o Império brasileiro havia vetado aos protestantes a construção de edificações com elementos que caracterizassem um templo, como a cruz, a torre e sinos. Também os batismos e casamentos dos imigrantes protestantes não eram reconhecidos, pois apenas a Igreja Católica era instituída como a religião oficial do Império.
Isolados dos centros urbanos incipientes do país, a língua alemã predominou nas áreas de colonização tanto no uso cotidiano, como nas celebrações religiosas e no ensino escolar. No entanto, já preocupados com o futuro das novas gerações, nos seus primeiros anos de existência, foi introduzido o ensino bilíngue nas escolas. Cerca de um século depois, no final da Segunda Guerra, em 1949, as comunidades estavam organizadas em “Federação Sinodal”, com representação nacional, tendo como primeiro Presidente da IECLB, o Pastor Hermann Gottieb Dohms. O estatuto da Federação Nacional não identificou a Igreja com a sua origem étnica, mas como “Igreja de Jesus Cristo no Brasil”. Essa identificação com a realidade política, cultural e econômica brasileira passou a caracterizar, cada vez mais, a presença luterana nos pais.
As comunidades que se formaram desde 1824 até a mais nova, formada em 2022, em Iguatu/CE, com suas instituições e organizações se integraram em sua realidade local, cumprindo com a missão de ser Igreja de Jesus Cristo no mundo. O reconhecimento do legado das gerações anteriores e a celebração do jubileu têm como propósito fortalecer o compromisso da IECLB com o futuro das novas gerações, sendo a Educação um dos seus principais pilares e prioridade. Essa relação histórica da Igreja com a Educação pode ser percebida, em algumas comunidades, pela proximidade geográfica entre o templo religioso e a escola.
A relevância que a Educação teve para os imigrantes alemães, que chegaram ao Brasil no século 19, tem por base a Reforma Luterana. Martim Lutero conclamou as autoridades alemãs a criar e manter escolas para meninos e meninas e aos pais a garantir a frequência seus filhos e suas filhas (¨Carta aos prefeitos e conselheiros das cidades alemãs¨, de 1524, e ¨Sermão sobre o dever de enviar as crianças à escola¨, de 1530). Para Lutero, a Educação tem um papel fundamental na formação dos cidadãos, precisando ser prioridade da gestão pública, fato que se tornou conhecido neste seu pronunciamento: “de cada um florim gasto em armamentos, 100 florins deveriam ser gastos na educação”. As comunidades da IECLB são herdeiras destes princípios e valores da Reforma, como se pode verificar na importância que a criação de escolas teve desde o início da imigração. Do crescimento destas escolas com a chegada de docentes da Alemanha ao processo de nacionalização do século XX e a formação da atual Rede Sinodal de Educação, é sinal de presença luterana no país a continuidade da importância que Lutero deu à Educação.
O Centro de Ensino Médio Pastor Dohms e o Colégio Sinodal Tramandaí participam da celebração dos 200 anos de presença luterana no Brasil, a completar no mês de julho de 2024, a partir de sua história de 93 anos de atuação na Educação de crianças e jovens. O cartaz da Semana Luterana para o ano XVI apresenta a sequência da formação das Unidades de Ensino do centro, como segue: a Unidade Higienópolis, em 03 de agosto de 1931, o Colégio Sinodal Tramandaí, em 2003, a Unidade Capão da Canoa, em 2005, a Unidade Zona Sul, em 2007, a Unidade Zona Norte, em 2008, Unidade Alvorada, em 2009, e a Unidade Taquari, em 2009.
Assim como as primeiras escolas, no início da imigração, também o CEM Pastor Dohms, surgiu por iniciativa de famílias de descendência alemã no bairro Higienópolis de Porto Alegre em parceria com o Consulado Alemão: Deutsche Evangelische Gemeideschule (Escola Comunitária Evangélica Alemã). Em 1936, a escola recebeu o nome de Martin Luther Schule, no ano da fundação da Comunidade Martin Luther, sendo a Igrejinha o seu primeiro templo. A Escola também passou pelo processo de nacionalização com a proibição do ensino em língua estrangeira no Estado Novo, em 1939, quando o a Escola recebeu o nome de Colégio Martin Luther. Em 1943, passou a chamar-se Escola Particular Dom Pedro II. Somente em 1959, recebeu o nome de Ginásio Evangélico Pastor Dohms, em homenagem ao Pastor Hermann Gottieb Dohms, por sua liderança na formação da IECLB e apoio às escolas luteranas. Desde então, as mudanças foram mínimas, por razão de mudança de legislação, como na implementação do 2° Grau (hoje Ensino Médio), em 1975; Colégio Pastor Dohms, em 1999, e Centro de Ensino Médio Pastor Dohms, o atual nome, em 2002, com a criação da Unidade Lindóia, atualmente, descontinuada. A designação Centro caracteriza a Escola formada por duas ou mais unidades de ensino.
O lema bíblico da Semana Luterana, Salmo 46.1, expressa a fé e a persistência das comunidades luteranas, desde a sua formação, considerando os inúmeros desafios de toda a sua caminhada, conforme o seu conteúdo: "Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição." Também reflete a tradição da Igreja Luterana, pois o Salmo 46 foi a base da composição do hino mais conhecido de Lutero: Deus é Castelo Forte e Bom (escrito entre 1527 e 1529). O hino conferiu identidade aos cristãos luteranos, porque anuncia o amparo e a proteção de Deus em tempos de grandes desafios e provações, assim como vivenciado na história dos imigrantes desde 1824. A absoluta confiança em Deus testemunha também a experiência que o próprio Lutero fez: por mais que se esforçasse em alcançar a salvação, não se sentia em paz com Deus. O seu consolo veio com a sua descoberta de Romanos 1.17, quando ele compreendeu que “o justo vive pela fé” e não pelo próprio esforço ou por seu próprio mérito. Pela fé, podemos enfrentar com grande realismo as catástrofes naturais e a violência e o sofrimento causado pela atuação humana. Confiantes em Deus e por ele consolados, podemos também, em resposta de fé e gratidão, servir ao nosso próximo, tornando-nos instrumentos de solidariedade junto a quem necessita, promovendo a paz e a justiça diante dos atuais desafios de nosso tempo.
Objetivos Específicos
Nossa origem e história – IDENTIDADE
Contar e recontar a história da origem das nossas escolas e comunidades de nossa Igreja.
Nossa teologia, espiritualidade, princípios e valores – CONFESSIONALIDADE - ÉTICA
Promover formação em teologia, espiritualidade, princípios e valores que conduzem a IECLB.
Igreja que Deus nos chama a ser – MISSÃO – RESPONSABILIDADE – RELEVÂNCIA
Promover ações concretas para transformar o mundo em lugar melhor.
Celebração dos 200 anos – GRATIDÃO
Celebrar a gratidão pela história, atuação presente e compromisso com o futuro.
Diálogo com iniciativas de celebração do bicentenário da imigração alemã – ECUMENISMO E INTEGRAÇÃO
Integrar-se às iniciativas que vão celebrar os 200 anos da imigração alemã no Brasil.
Questões Motivadoras
Questão 1
Quais foram as principais contribuições da imigração alemã e da presença luterana para a história do Brasil?
Questão 2
Que diferença faz estudar no Pastor Dohms/CST, uma escola luterana da Rede Sinodal de Educação?
Programação